- Garófalo & Associados
Fatos e mitos da reparação natural dos dentes
Um dos assuntos mais comentados na comunidade odontológica nos últimos dias, o processo de reparação natural dos dentes ganhou destaque em grandes mídias e tem levantado diversas dúvidas sobre seu desenvolvimento e uso.
O processo já está pronto para ser usado em consultórios? A recuperação dos dentes é total? O uso da resina continuará sendo necessário? Vamos esclarecer algumas dúvidas com relação a esse novo passo dado pela odontologia.
O processo de reparação natural já é uma realidade – MITO: apesar dos avanços nas pesquisas, a recuperação natural ainda está na fase de testes em camundongos, com cavidades experimentais geradas em dentes hígidos, por agulhas, ao invés das cavidades de cárie naturais que o processo visa tratar.
Esse processo pode revolucionar o tratamento de cáries – FATO: tido como um processo indolor, a reparação natural pode, em alguns casos, evitar o uso do temido “motorzinho”, já que se baseia na ativação de células-tronco para recuperar a área lesionada do dente, desde que a lesão seja grande o bastante.
A recuperação é total – MITO: o dentista e pesquisador Vítor Neves, em entrevista à BandNews, deixou claro que o esmalte perdido na lesão não é recuperado no processo, mantendo a necessidade de utilizar a resina composta ou outro material restaurador como parte do tratamento.
Qualquer grau de lesão pode ser tratado – MITO: por enquanto, o material usado em camundongos só foi ativado com contato com a região pulpar do dente, o famoso “chegou no nervo”. Cavidades desse grau já são consideradas extremamente grandes e costumam apresentar algum tipo de comprometimento celular ou deterioração de tecido, fato este não presente nos dentes experimentais.
A prevenção é a melhor alternativa – FATO: estivesse ou não pronto para uso geral, o processo de reparação ainda é um tratamento como outro qualquer e seu uso só é aconselhável em casos específicos e necessários. Assim sendo, prevenir cavidades com a higienização bucal correta e visitas regulares ao dentista continua sendo melhor do que remediar, seja com ou sem o motorzinho.
